quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ler e escrever na escola - o Real, o Possível e o Necessário

Em Ler e Escrever na Escola - O Real, o Possível e o Necessário, livro de 128 páginas (Ed. Artmed, tels. 51/3027-7000 , para Porto Alegre e região, e 0800-703-3444, para outras localidades, 36 reais), a autora, Delia Lerner, discute as tensões envolvidas nessa questão e propõe soluções para transformar o cenário. Com embasamento teórico consistente, ajuda os educadores na compreensão do que precisa ser ensinado quando se quer formar leitores e escritores de fato.

Delia Lerner também explicita a importância de o professor criar condições para que os alunos participem ativamente da cultura escrita desde a alfabetização inicial, uma vez que constroem simultaneamente conhecimentos sobre o sistema de escrita e a linguagem que usamos para escrever. Com prefácio escrito por Emilia Ferreiro (autora do livro Estratégias de leituras) é obirgatória a leitura deste livro para quem trabalha com a Educação Infantil, professores alfabetizadores e especialistas de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental. Ela ainda ressalta a importância dessa leitura para os estudantes de Pedagogia, estudantes de Letras (que ensinam por formação a Língua materna) e ainda os formadores de professores alfabetizadores.

Além de todas esses atributos dado ao livro, ainda destaco a leitura agradável e os contatos que a autora demonstra com seu leitor durante os capítulos. Délia explicita os caminhos percorridos para a criação dessa obra, e também se relaciona com seu leitor favorence através de suas palavras uma relação de proximidade no que se refere às práticas desenvolvidas durante as aulas.

Li, gostei e indico.



Geórgia Kelly
Formadora de educadores

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Como um romance

Contemplando os direitos do leitor, e principalmente atendendo às exigências do verbo Ler, Daniel Pennac deixa bem claro em sua obra Como um romance a relação de amor, do leitor com o ato de ler. E ainda mais que um ensaio, Pennac declara aos "educadores" a possibilidade de aproximar os alunos à leitura.

Num relato inteligente, poético e divertido, Pennac questiona a razão de os jovens não gostarem de ler.


Baseado em suas próprias experiências como professor, ele ensina – e aí reside todo o charme do livro – como recuperar nos alunos o gosto pela leitura, um ato esquecido neste fim de século dominado pela comunicação em massa. Acima de tudo, Pennac quer mostrar que o ato de ler é um ato de prazer e não de obrigação.

"Desde o início do ano escolar, leio em voz alta para meus alunos cerca de 70 livros, entre peças de teatro e romances. Depois, eles escolhem alguns desses para ler. Por fim, fazemos uma feira, em que os próprios alunos vendem ou derrubam um livro, de acordo com suas próprias opiniões. Foi assim que os fiz gostar de Calvino e García Marquez", explica Pennac.

O catálogo criado pelo autor, constituído não de deveres, mas de direitos imprescindíveis ao leitor: entre eles o direito de ler qualquer coisa, e de só ler o que se gosta, o de ler em qualquer lugar e até mesmo o direito de não se gostar de ler. "O prazer não se comanda", ensina.

Pois é, li, gostei e indico.

Geórgia Kelly
Formadora de educadores